“A forma como as empresas se posicionam no mercado define seu desempenho e pode, por consequência, aumentar suas chances de sobrevivência”.
Escolhemos trazer aqui a diferença entre franquia e redes de negócios, pois identificamos que existem dúvidas, sobre serem ou não o mesmo modelo de negócios.
Já adiantamos que este não é um assunto “preto no branco”, mas vamos esclarecer onde ambos se assemelham no mundo corporativo. Segue lendo para entender!
Existe diferença entre franquia e redes de negócios?
Rede de negócios, geralmente, mas não apenas, trata-se de um grupo de empresas do mesmo segmento, ou não, que se associam, em prol de objetivos em comum.
Uma das ações mais relevantes neste modelo de negócios é a centralização de compras, também chamada de compras conjuntas. Que aumenta o poder de compra das empresas associadas, bem como de barganha na hora de negociar com os fornecedores.
Já a franquia é um modelo de negócios no qual uma empresa (a franqueadora) permite que terceiros (os franqueados) utilizem seu nome, marca, produtos e sistemas de operação em troca de taxas e royalties.
Ou seja, uma rede de franquias também se enquadra ou pode ser vista como um tipo de rede de negócios.
Porém, cabe a cada tipo de franquia escolher realizar ou não alguns processos que outros grupos associados realizam, incluindo compra conjunta. Já que tem franquias em que cada franqueado cuida da sua unidade, conforme padronização prévia, mas sem unir certos processos entre as unidades.
Vale ressaltar ainda que, existem redes de negócios, onde existem várias lojas e apenas uma empresa controladora. Portanto, cada local tem a mesma marca e políticas, mas não se encaixa no modelo de franquias.
Qual a melhor: franquia ou redes de negócios?
Para responder esta dúvida, vamos considerar um estudo elaborado por Wegner, Callado e Agnes. Onde foi possível estabelecer critérios, ou melhor, dimensões para comparar o desempenho das empresas que se agrupam em:
- redes de cooperação (redes de negócios);
- franquias e
- empresas individuais.
O estudo focou em identificar quais dimensões, das cinco analisadas, se sobressaem quando comparadas com outras, para tentar achar os melhores modelos para atuação no mercado.
Dimensões analisadas:
- satisfação do cliente;
- satisfação dos funcionários;
- lucratividade;
- crescimento e
- responsabilidade social e ambiental.
Importante destacar: o estudo foi argumentado com base em uma amostra de resultados não probabilísticos. Logo, a decisão de atuação para seguir em qualquer modelo organizacional deve vir do empresário, após análise do seu negócio e objetivos.
O resultado
O desempenho das empresas franqueadas foi superior em diversas dimensões de desempenho, quando comparadas com empresas individuais e redes de negócios.
Por sua vez, as redes de negócios (de cooperação) tiveram desempenho superior quando comparadas com as empresas individuais.
Também, as franquias possuem uma média geral de desempenho mais alta que as empresas participantes de redes, ou seja 3,81 contra 3,66 respectivamente.
Assim como as redes possuem a média geral mais alta com relação às empresas individuais, 3,66 contra 3,38 respectivamente.
→ Para avaliar diferenças significativas na atuação de franquias, redes de negócios e empresas individuais, realizou-se teste comparativo da média geral de desempenho no quadro abaixo.
O desfecho
O estudo mostrou que não houve diferenças significativas comparando o desempenho das empresas participantes de redes e franquias. Mas quando analisados com as empresas individuais é possível perceber que o modelo de atuação de redes e franquias define um desempenho superior, considerando as cinco dimensões.
Redes de negócios e franquias são modelos de negócios vantajosos
É necessário compreender que a forma como as empresas se posicionam no mercado define seu desempenho e pode, consequentemente, aumentar suas chances de sobrevivência.
Então, incentivar esses modelos de atuação ajudam a manter as pequenas empresas mais competitivas no mercado.
Um adendo para as redes de negócios, que é um modelo bastante oportuno para aquele lojista, por exemplo, que já possui sua loja, mas ainda não tem muita força comercial perante a concorrência. Ele pode conseguir mudar a situação ao se associar a um grupo de negócios.
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[Matéria utilizada para apresentação dos comparativos de desempenho entre franquia e rede de negócios: Modelos Organizacionais – Sebrae].
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